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sou Úlima Souza (com U acentuado, jamais esqueça disso!) muito prazer, e vc?
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terça-feira, julho 6

A criança esquecida...

Ontém fui ao cinema assistir à um clássico: Toy Story 3!
Essa sequencia marcou minha infância e assistir ao último filme me fez lembrar de como era bom ser criança, me deu vontade de ter uma segunda chance, de ser uma "Andy" novamente. Mas a verdade é que, assim como o Andy, eu cresci e por mais madura que eu queira parecer, por mais responsável e adulta que eu aparente ser, mora uma criança esquecida dentro de mim, uma criança que quer se soltar já faz algum tempo. Chorei no final do filme (como choro em quase todos os filmes) quando o Andy doa todos os brinquedos dele pra Bonnie, como ele hesita antes de doar o Woody, e como ele brinca com ela depois, ele com 17 anos e ela com 4. Isso me deu uma saudade muito grande de brincar de casinha de novo, de fazer roupas para a Barbie, uma vontade de abraçar o meu Barney de 15 anos, de soltar novamente a criança esquecida aqui de dentro e deixar ela solta por uns tempos. Quando eu era criança, me falavam "Aproveita e se diverte muito enquanto você ainda é criança, brinca bastante porque quando você crescer, hum..." Só agora eu entendo o que queria dizer esse "hum...", o quanto ele pesa.


Correr, pular corda, amarelinha, boneca, barra-bandeira, pega-pega, esconde-esconde, maria-chiquinha, adoleta, é muito triste ter que abrir mão disso. Gostaria de ser mais imatura, de não ter tanto medo de arriscar. Ver o mundo com os olhos de uma criança é sempre bom, e essa, eu acho, é uma das únicas coisas "infantis" que eu ainda faço, quer dizer, todo mundo é infantil às vezes, mas nem sempre de um jeito positivo e isso é o que faz a diferença, essa ingenuidade no olhar. Eu olho pra minha irmã, pra minha prima, eu assisto à esse filme e eu sinto saudades da minha infância, saudade de mim e uma vontade enorme de jogar tudo pro alto e sair correndo por aí. Eu dizia que brincaria de boneca até os 60 anos e todos riam de mim, agora eu entendo o porquê. Minha irmã diz a mesma coisa, espero que ela não seja como eu.
Espero um dia ter coragem e soltar de vez essa criança que tá aqui presa, sinto falta dela...
Ser irresponsável e não se importar parece tentador mas algo sempre me impede de agir assim, eu não consigo mais. Pensar antes de agir já se tornou um hábito automático. Mas enfim, é mais uma página que eu vou ter que fazer força pra vira
r e começar a escrever uma nova só que dessa vez vou escrever com a letra mais bonita e com um número bem menor de palavras erradas, mas com o mesmo espírito esportivo e com o mesmo olhar ingênuo e terno de dez anos atrás, soltando pouco a pouco essa criança esquecida. Pular corda e pentear os cabelos da Barbie às vezes pode fazer bem :)
Vou indo, espero que você também tenha o prazer de assistir à esse filme e de ser criança novamente por algum tempo.

Beijos
"Pela menina que usa batom e pela mulher que brinca de balanço..."